sábado, 24 de setembro de 2016

Estou intolerante? é problema da idade?

Percebo que sou muito intolerante com pessoas mais velhas, principalmente professoras rsrs sim... talvez por isso não quero envelhecer no magistério rsrs
É triste ver gente de mente tão pequena e o pior de tudo: teimosa!

Gente teimosa, que gosta de se manter na burrice me irrita, mais velha então, nem se fala...
Na escola tem uma professora readaptada que chegou há pouco tempo, acho que no segundo semestre deste ano e ela me dá nos nervos. Ela ficou como readaptada na sala de leitura/biblioteca, aquele lugar que tentei arrumar ano passado, mas por inúmeros perrengues de outros professores que não estavam nem aí com meu trabalho e o grêmio que resolveu "arrumar" desarrumando tudo o que tinha feito eu desisti de tanto que me irritaram e desfizeram meu trabalho...
Então, ela está lá e não faz absolutamente nada, as únicas coisas que essa senhora sabe fazer é se meter na conversa dos outros, não pode ver uma conversa que se mete ou comer: se deixar como todo o lanche do intervalo dos professores. Uma velha fominha e mal-educada (eu não ia usar essa palavra agressiva, mas... ela é uma VELHA GAGÁ!).
Daí tem uma outra professora que veio esse ano pra escola, não vou dizer a matéria, que é muito bocó também... e ontem esta estava lendo mensagens e recebeu uma que dizia que o Pe. Marcelo Rossi havia falecido. A primeira coisa que  fiz foi perguntar se era verdade e ela "CLARO QUE É VERDADE! A PESSOA QUE ME MANDOU NÃO BRINCA COM COISA SÉRIA!!!!!!". Lá vou eu no google, g1, uol procurar e nada e digo pra ela que não há nada e ela insiste comigo que a pessoa que mandou não ia mentir e eu dizendo que a pessoa pode só ter repassado, sem checar, mas ela insistia. 
O que a readapta fez??????????????
Saiu contando pra todo mundo que o padre havia morrido!!!! E eu atrás desmentindo...

Gente, me diz se não dá ódio de umas velhas dessas?
A velha da biblioteca ainda outro dia disse pra um aluno, adolescente, que era ridículo o bigode dele que estava nascendo, que se fosse ela raspava na hora aquela coisa feia! E virou pra mim e disse: 
- Não liga não, quando você ficar mais velha, vai ser assim...
E eu:
- Espero que não!!!!!

Hoje tive que trabalhar na escola e a primeira coisa que falei quando encontrei a professora cabeça dura foi dizer: "viu que o padre não morreu?" e ela, sem graça: "eu até briguei com a pessoa que me mandou, eu disse que ele tinha que verificar primeiro!!". Ah, agora tem que verificar, né?

Mas meu caso de intolerância também são com os jovens...
Tem uma professora na escola, nova, que resolveu fazer uma peça para o sarau de hoje. O tema era família e aí ela fez duas peças, foi embora antes dos alunos apresentarem, não sei por qual motivo, mas os alunos engoliram tudo o que ela propôs, a meu ver... alunos de oitava série, 14 anos, só... muito o que entender da vida ainda...

No final da peça, a menina que está grávida se mata e os pais não se conformam e a menina que faz a narradora diz: "isso aconteceu por causa da religião, os pais não aceitaram que ela fizesse um aborto e a garota se matou porque não queria o filho".
Peraí...
No Brasil é proibido, como essa menina ia fazer um aborto? Numa clínica clandestina????
A professora me parece a perfeita "feminazi" porque quer colocar na cabeça das meninas que elas têm o direito de fazer o que quiserem com o corpo delas, elas que decidem só que esquece que um aborto clandestino ou feito com algum remédio pode ser muito pior... a mensagem não saiu do jeito que talvez ela quisesse e eu não precisaria chamá-la de feminazi se ela explicasse e fizesse um script decente! O que quero dizer que não dá pra pôr na cabeça de meninas de 14 anos que se elas não querem o filho devem abortar e esquecer de conversar sobre as leis que regem essa "intervenção cirúrgica" no Brasil. Não é simples assim como ficou explícito no texto.
 
Não gosto do termo que usei duas vezes, mas pra mim essa professora é uma feminazi e pra mim, feminazi é aquela mulher que se diz feminista, mas não entende de porra nenhuma... sai cagando ideias mastigadas sem entender da base de nada.  Isso é o que quero dizer, não dá pra pôr na boca de meninas de 14 anos ideias sem colocá-las a par de tudo que está em jogo. Não dá pra dizer que se a menina da peça tivesse feito um aborto ela estaria viva... Não estamos na Inglaterra, por exemplo, onde o aborto é legalizado, estamos no Brasil. Um país machista, sim, religioso hipócrita, sim e que proíbe o aborto e se essa garota da peça fosse fazer um aborto, como seria? 
Na clínica fundo de quintal ou tomando citotec ?
Acho perigoso esse tipo de fala na boca de adolescentes... se a menina morresse na peça e todos os outros personagens fossem reivindicar a legalização do aborto, seria uma discussão, mas não foi colocado assim.
Daí fiquei pensando em como eu reagi a tudo isso e pensei que talvez eu esteja ficando conservadora, mas acho que primeiro você tem que ensinar a garota a se empoderar: mostrar que ela tem o mesmo direito de estudar do menino, que se ela quiser jogar futebol na aula de Educação Física ela deve e o/a professor/a não deve negar. Mostrar que ela pode tudo e não pode ser excluída de nada, para depois ensiná-la seus direitos e deveres e fazer com que ela lute por eles e aí chegaremos na discussão do aborto, mas do jeito que foi, eu achei um discurso vazio e de modinha.


domingo, 4 de setembro de 2016

da difícil arte de viver

Nem chegou o final do ano, mas posso dizer que 2016 foi o ano da frustração. Coloquei muitas fichas nesse ano e nada se concretizou: planos de um novo emprego e uma nova vida começando, mas nada mudou.

Acredito que somatizei tudo isso e durmo, durmo muuuuito! A única coisa que tenho vontade de fazer é dormir. Não saio, não vejo mais graça em ir no cinema, sair pra fazer qualquer outra coisa? Nem pensar, preguiça de tudo, sem vontade pra nada. Vou dormir 22:30 e acordo 11 da manhã e ainda me obrigo a acordar, senão, não sei até que horas dormiria...

Para ir trabalhar então nem se fala... minha mãe tem que me chamar meia hora antes do horário que eu acordaria só para que consiga acordar... não tenho porquê sair da cama.
Não sinto prazer em nada, não tenho vontade de fazer nada.

Na verdade sim, em comer! Comer doce é comigo, sempre foi, mas minha ansiedade é grande em comer doce. Pareço uma viciada que busca prazer na sua droga favorita a qualquer custo: um pedaço de bolo, um chocolate, algo que me satisfaçam, mas como e parece que não comi nada, que nem senti o gosto. Nada tem gosto, na verdade, nem a comida. 
Me mato na academia desde abril e só consegui emagrecer 3 míseros quilos porque minha compulsão continua, não adianta se matar lá e depois se entupir de doce...

A vida não me parece atraente em nada, sigo vivendo e tentando mudar meus pensamentos, mas é tão difícil quando você vai trabalhar, tem uma ideia que acha genial pra aula e nada dá certo ou nenhum aluno acha genial, acham tudo uma bosta e eu sinto que a vida é uma bosta. Ser professora pra mim já chegou ao meu extremo, ao extremo das minha forças, não consigo mais... Por mais que eu tente não esmorecer, esmoreço no sono. Acabei de passar o dia todo na cama, dormi até 11:30 e, depois de almoçar, voltei pra cama pra assistir seriado e ainda dormi na meio de um episódio.

Quando você deposita fichas demais e nada dá certo é difícil se recuperar porque eu sinto que na minha vida nunca as coisas dão certo, nunca vão pra frente. Parece que eu nunca consigo chegar a algum objetivo, nada do que planejo dá certo.
Eu só queria um emprego novo, na área que passei mais 3 anos estudando e engolindo sapo de professoras péssimas de uma faculdade que só tem nome, mas nada de um curso bom. Só queria novos ventos na minha vida pra recomeçar como sempre faço, como sempre sou a fênix...
A fênix está cansada de se recriar, está cansada de ser uma fênix enquanto tantos passarinhos comuns vivem felizes por serem passarinhos comuns. Não quero mais ser fênix, não quero ser só a corajosa, mas que nunca ganhou nada com isso. Cansei de abrir caminho me embrenhando na floresta dos meus sonhos que viram pesadelos quando mais eu entro nesses caminhos.

Vou ali dormir, que é o que me restou... boa noite!