Infelizmente a série tinha tudo pra dar muito mais do que um simples roteiro de série basico: policiais desvendando um crime com direito a momentos no tribunal.
Não era só isso, o importante da série estava no detalhe, na interpretação de Eric McCormack e seu professor universitário Daniel J. Pierce, que não tem como detalhe ser professor - apesar das melhores falas da série terem sido em suas aulas -, mas sim sua esquizofrenia e é desse modo que ele desvenda os crimes que acontecem na série.
No começo você pensa: é só um estalo no melhor estilo House, mas não é, é um pouco mais, conforme você vai assistindo a série. No começo você também pensa: é só um casalzinho romântico que demora a se dar certo e também não é, porque Daniel acaba abrindo mão da vida amorosa por conta da esquizofrenia.
Teria muito mais de um drama, o drama de um homem de meia idade que não quer tomar os remédios que são dirigidos a ele e prefere ter alucinações com personagens (até famosos) e ter um ex-namorada que vem de sua alucinação desde os 20 anos de idade... o drama de alguém que tenta ser feliz apesar dos pesares ou pelo menos estar equilibrado.
A série chamou muito minha atenção exatamente por esse lado do Dr. Pierce, um lado humano, de alguém que quer estar bem, mas vive boa parte do tempo lutando contra alucinações e transtornos de ansiedade. Senti uma certa identificação, apesar de não ter os mesmos sintomas que ele.
Engraçado como ele se dá bem na sala de aula e, ao explicar mecanismos biológicos do nosso cérebro (ele é neurocientista) e sempre trazer para a vida lições interessantes de como viver bem ao alunos.
O mecanismo intrigante do cérebro e como nossos sentimentos agem através dele sempre mostrava coisas novas a saber mais sobre nós, a saber sobre a nossa vida e como o cérebro é tão importante nas nossas atitudes, isso era o que mais gostava na série e os 90 % do roteiro eram bonitinho com um novo casal que se formou (talvez pra dar audiência) e os casos resolvidos do FBI.