"Não escrevo para agradar
nem para desagradar
Escrevo para desassossegar" Fernando Pessoa
Foi essa trovinha do Fernando Pessoa que me fez pensar que todo blogueiro - ou os blogueiros clássicos rs aqueles que usam esse espaço como se fosse um espécie de diário - esse lugar para desassossego. Eu também escrevo para sossegar minha mente, mais que meu coração. Acho minha mente muito rápida e incessante às vezes e, quando não escrevo o que preciso, ficam martelando dias e noites os pensamentos.
Tenho uma mania ruim de me apegar a algumas ideias, ultimamente tenho uma que não me dá sossego e já estou ansiosa o suficiente pensando em como minha vida profissional tomará rumo.
Terminei outra faculdade e cada vez que penso em voltar para uma sala de aula um desespero cresce dentro de mim: não tenho mais saúde REALMENTE para dar aula. Não é mais uma questão de não ter paciência, não ter mais motivação é uma questão psicológica, psiquiátrica, talvez, eu não consigo me sentir bem dentro de uma sala de aula.
Posso saber tudo de como fazer, lecionar, mas não tenho mais condições... não é questão de gosto, como já cansei de falar aqui, é questão de sofrer ou não sofrer. E hoje eu sofro só de pisar numa escola. Sou tomada por um desespero que combato tentando me manter calma, ou pelo menos fingindo que não dou bola (que não estou nem aí para os alunos que me infernizam ou até a direção da escola totalmente omissa), mas o ponto não é esse. O ponto é que não consigo mais e pronto.
Podem vir amigos me dizerem que sou uma excelente professora, que todos gostam da minha aula (quando tinha alunos que se importavam com isso), não consigo.
Me dizem para dar aula em escola particular, para dar aula em faculdade, mas eu simplesmente não sinto disposição, não sinto vontade, não sinto ânimo, não sinto prazer. Como quando dei aulas de inglês, eu me sentia mais infeliz do que na escola pública, me sentia mais um zero do que com meus alunos sem iPhone.
E isso vai me dando uma ansiedade das grandes.
Mas outra coisa que tem me remoído é a quase vontade de entrar num site de relacionamentos amorosos... entrar num site desses para mim é quase um suicídio (ainda acho o suicídio melhor, mas...)... mas estou começando a pensar no assunto, a dar o braço a torcer para ver se minha vida amorosa anda... do jeito que está não dá, ou seja, não anda há tempos, não vai pra lado nenhum. Só que isso não quer dizer que eu não tenha medo (MUITO MEDO), também me dá um desespero pensar em entrar num site ou aplicativo desses e... bum! Mais um canalha na minha vida... não quero mais colecionar canalhas, não quero mais ser enganada com palavras do tipo: comigo é diferente.
E no final ser diferente mesmo: ser pior!
Tenho medo das pessoas, tenho medo, muito medo, mas ao mesmo tempo queria muito alguém que estivesse interessado em estar ao meu lado, que quisesse compartilhar a vida, que um abraço apertado fosse o melhor de tudo e que estar junto não fosse um fardo.
Mas o medo é maior e não vai ser dessa vez ... também não consigo...
E só de escrever aqui já a alma não é tão pequena, só menos desassossegada.
nem para desagradar
Escrevo para desassossegar" Fernando Pessoa
Foi essa trovinha do Fernando Pessoa que me fez pensar que todo blogueiro - ou os blogueiros clássicos rs aqueles que usam esse espaço como se fosse um espécie de diário - esse lugar para desassossego. Eu também escrevo para sossegar minha mente, mais que meu coração. Acho minha mente muito rápida e incessante às vezes e, quando não escrevo o que preciso, ficam martelando dias e noites os pensamentos.
Tenho uma mania ruim de me apegar a algumas ideias, ultimamente tenho uma que não me dá sossego e já estou ansiosa o suficiente pensando em como minha vida profissional tomará rumo.
Terminei outra faculdade e cada vez que penso em voltar para uma sala de aula um desespero cresce dentro de mim: não tenho mais saúde REALMENTE para dar aula. Não é mais uma questão de não ter paciência, não ter mais motivação é uma questão psicológica, psiquiátrica, talvez, eu não consigo me sentir bem dentro de uma sala de aula.
Posso saber tudo de como fazer, lecionar, mas não tenho mais condições... não é questão de gosto, como já cansei de falar aqui, é questão de sofrer ou não sofrer. E hoje eu sofro só de pisar numa escola. Sou tomada por um desespero que combato tentando me manter calma, ou pelo menos fingindo que não dou bola (que não estou nem aí para os alunos que me infernizam ou até a direção da escola totalmente omissa), mas o ponto não é esse. O ponto é que não consigo mais e pronto.
Podem vir amigos me dizerem que sou uma excelente professora, que todos gostam da minha aula (quando tinha alunos que se importavam com isso), não consigo.
Me dizem para dar aula em escola particular, para dar aula em faculdade, mas eu simplesmente não sinto disposição, não sinto vontade, não sinto ânimo, não sinto prazer. Como quando dei aulas de inglês, eu me sentia mais infeliz do que na escola pública, me sentia mais um zero do que com meus alunos sem iPhone.
E isso vai me dando uma ansiedade das grandes.
Mas outra coisa que tem me remoído é a quase vontade de entrar num site de relacionamentos amorosos... entrar num site desses para mim é quase um suicídio (ainda acho o suicídio melhor, mas...)... mas estou começando a pensar no assunto, a dar o braço a torcer para ver se minha vida amorosa anda... do jeito que está não dá, ou seja, não anda há tempos, não vai pra lado nenhum. Só que isso não quer dizer que eu não tenha medo (MUITO MEDO), também me dá um desespero pensar em entrar num site ou aplicativo desses e... bum! Mais um canalha na minha vida... não quero mais colecionar canalhas, não quero mais ser enganada com palavras do tipo: comigo é diferente.
E no final ser diferente mesmo: ser pior!
Tenho medo das pessoas, tenho medo, muito medo, mas ao mesmo tempo queria muito alguém que estivesse interessado em estar ao meu lado, que quisesse compartilhar a vida, que um abraço apertado fosse o melhor de tudo e que estar junto não fosse um fardo.
Mas o medo é maior e não vai ser dessa vez ... também não consigo...
E só de escrever aqui já a alma não é tão pequena, só menos desassossegada.